quarta-feira

O Problema dos Anti-inflamatórios

Há algum tempo, a imprensa tem noticiado que diferentes anti-inflamatórios estão provocando distúrbios no aparelho cardiovascular e fígado, sem contar a tradicional gastrite e possíveis reações alérgicas, até choques anafiláticos. Deter-nos-emos nas reações sobre o coração, vasos e sobre o fígado, já que os outros efeitos correspondem à ação tóxica das substâncias em questão. Os cientistas ortodoxos supõe que todos esses efeitos colaterais dos anti-inflamatórios estejam relacionados à toxicidade dos mesmos. Suponho não ser bem assim. Explicando melhor: Desde os tempos de Hahnemann, no início do século XIX, esse médico genial advertia sobre o perigo das supressões, já analisadas em artigo abaixo. Apenas para recordar, lembremos que, para os homeopatas, sempre que se medica uma região qualquer do corpo, apenas ela, sem levar em consideração todo o conjunto psicofísico do paciente, faz-se supressão. Suprimir não é curar, mas, antes, transferir o distúrbio para outra área, geralmente mais nobre, do corpo. Fica, agora, mais simples compreender o que está sendo observado (e sempre aconteceu) com os anti-inflamatórios. Digamos que alguém apresenta uma artrite e o alopata, com boa intenção, dá um anti-inflamatório para suprimir o quadro de dor, calor e rubor articular. A inflamação articular cede mas, adiante, começam os efeitos que chamamos de "metástases mórbidas", isto é, a patologia, antes aparente nas articulações, evolui para uma viscera, mais frequentemente coração e vasos. Trocou-se 6 por 60... O eminente homeopata indiano, Dr. Prafull Vijayakar, com muita propriedade, criou a Teoria da Supressão baseada em camadas que têm origem nos diversos folhetos embrionários dos vertebrados. Já explicamos abaixo essas camadas, porém, recordamos que são sete e que quanto mais altas, mais graves as enfermidades que lhes são próprias. Quando se suprime alguma doença em qualquer dessas camadas, a tendência da enfermidade é subir para uma outra, mais alta e mais nociva à saúde. As artrites correspondem à terceira camada, logo, sua supressão enseja à doença a oportunidade de subir para a quarta camada, na qual estão as visceras, e, naturalmente, o sistema cardiovascular. Portanto, os farmacologistas irão envidar os maiores esforços para tornar menos tóxicas as moléculas dos anti-inflamatórios; elas sempre provocarão tais efeitos sobre o aparelho cardiovascular, e não apenas pela toxicidade natural a esses medicamentos, mas, sim, pela pouco conhecida supressão que elas provocam nas articulações e em outras áreas. Curar-se-á, realmente, uma artrite qualquer, sem provocar metástases mórbidas, quando se atentar para o enfermo todo, inclusive em seu aspecto mental, qual preconizaram Hipócrates e Hahnemann.